Medo de amar e de se relacionar

Medo de amar e de se relacionar

O medo de relacionamentos é cada vez mais comum, sejam em homens ou mulheres.

Diferente do que se imagina, não é porque as pessoas estão mais independentes por estarem no século XXI, ou porque aprenderam a se bastar, tampouco por terem muitas opções de pessoas disponíveis em especial com a internet.

O medo de uma relação ou de se permitir amar envolve nosso psicológico.

O medo de ter uma relação ou pra muitos o medo de se permitir ter sentimentos de amor ocorre pelo medo de errar, pelas inseguranças pessoais, por medo de perder liberdade ou ainda angústias de um passado.

Ora, estamos no em pleno ano de 2022, quase 2023 e a exigência social é cada vez maior, a busca do perfeccionismo, ser um homem ou mulher que segue os padrões sociais, e essa exigência ocorre querendo ou não que ela exista, dizendo ou não que segue padrões, pois existe uma criação que envolve isso, afetam nosso mental e noss cobrança de ser tudo dentro de um padrão sem erros.

A ideia de erro ou ainda de que isso prejudique a liberdade vem com uma angústia que faz muitas pessoas preferirem o conforto de uma solidão/ solitude que parece confortável e estável, mas dependendo do caso é uma fuga pessoal para evitar trabalhar as angústias que estão em seu inconsciente

Essa ideia fixa que muitos tem de perda da liberdade em uma relação no geral também ocorre por relações frustradas do passado e a falta de compreensão/ vivência do que é uma relação saudável.

Conceitos errados sobre amor e relacionamento acabam assumindo a mente.

Outro ponto que pode gerar medo, é a sensação que pode reviver alguns sofrimentos que já teve no passado ,porém cada pessoa é uma pessoa, cada história uma história e nunca será igual. Isso tudo bem na verdade é uma insegurança pessoal e um pouco de falta de maturidade em lidar com o passado e o futuro.

É necessário trabalhar a insegurança pessoal, pois a ideia de uma segurança completa é inatingível na vida.

A incerteza faz parte do nosso dia a dia e isso não deveria ser impeditivo de vivenciar um amor ou mesmo uma relação.

Quando somos crianças temos a liberdade de experimentar, de criar, de imaginar, de conhecer, de descobrir e quando vamos ficando adultos isso tudo é reduzido; Dentro de nós fica sempre essa necessidade cortada e para muitos pensar em relação é restringir ainda mais esse prazer infantil.

E aqui está um erro! Uma relação pode ser a descoberta ainda maior de sensações, criações, vivências, é um conceito errado formado a partir de analogias criadas na sociedade atual que tentou colocar o namoro, casamento e relacionamento como uma prisão, ou seja, uma forma muito errada de se vivenciar uma parceria saudável.

Quando nos comprometemos com uma pessoa na verdade, estamos trazendo uma nova história que pode ter descobertas e inclusive trazer mais Liberdade e não menos.

A vida é cheia de decisões. Desde quando somos pequenos e escolhemos entre um alimento ou outro, quando escolhemos um brinquedo e não outro para usar e crescendo tomando decisões mais sérias, sempre tentando a melhor decisão e esta tudo bem querer isso, porém é necessário empatia com nós mesmos entendendo que não existe perfeição e que viver é melhor que não viver pelo medo de erros.

Existe relação errada? não! Toda relação é uma aprendizado e uma experiência

Existe amor ruim de se permitir sentir? Não, é amor e isso nunca é ruim.

O medo para Freud é uma fase de indeterminação que traz a angustia na verdade.

Nossa tendência é sempre anular o medo fingindo que o que causa medo não existe.

E aqui vemos o caso de pessoas que não se permitem trazem para a o dia a dia seus sentimentos, guardam a 7 chaves o que sentem pelo outro, ou ainda pessoas que preferem não viver uma relação ou algo importante, ignoram até mesmo um ser humano (e sim isso ocorre!) simplesmente pelo medo.

É muito comum criar Barreiras não só para relacionar-se, mas com medo de amar.

O medo de se machucar, para quem já teve muitos machucados em relações é intenso.

O medo de iniciar e logo ter fim uma relação, especialmente de forma rápida é também algo comum de ocorrer, especialmente quem teve relações rapidamente rompidas no passado. Aqui é o medo da finitude que predomina, para evitar relações.

O medo por muitas vezes é tão forte que o discurso de minha solidão / solitude é suficiente fica exacerbado. E no geral, isso é um comodismo a rotina, a ideia de estabilidade e de que não vai mexer no que pode doer.

Somos seres sociais, somos seres que se relacionam, pequenos momentos individuais são saudáveis, grandes momentos e uma necessidade exagerada disso mostra desequilíbrio.

Eu mesma vivi recentemente uma experiência de alguns anos focada em mim mesma, sem relações. E hoje sei que apesar coisas positivas, uma das negativas era uma fuga exatamente pelos medos elencados nesse texto.

Agora a grande pergunta é:

Se você tem oportunidade de viver algo especial, algo bacana, vai deixar de viver por medo?

Enfrentar nossos medos interiores é bem difícil, mas ajudam a ter uma vida mais plena e se permitir amar e viver relações é muito importante!

Então se você se identificou com algo desse texto, a terapia poderá ajudar!

Trabalhe seus medos, inseguranças, angústias. Todos temos algo a ser melhorado, e é hora de sermos mais felizes!

Agende sua primeira consulta de Psicanálise: www.terapiabrasil.com.br