top of page

SOMOS TODOS SERES ANGUSTIANTES!

A palavra angústia tem origem no grego Angor que no latim virou Angustus que significa estreitamento.


Na psicanálise, a angústia se impõe, desde seus primórdios, como fenômeno que desafia os médicos e psicanalistas.


Já começamos pensando que somos todos seres angustiantes.


E isso a princípio parece assustador, porém na verdade é muito realista, tanto que na psicanálise a angústia é o centro das investigações e análises, desde o começo quando Freud ainda estava iniciando os estudos, a angústia foi estudada e teve um grande peso para ser entendida.

ree

Acredita-se em 3 teorias para angústia.


A primeiro é que seria uma transformação da energia sexual que não foi descarrega.


A segunda que teria vínculo com o afeto.


A terceira a é que que angústia seria uma reação a um perigo.


Temos vivências em nossas vidas que geraram sofrimento e isso tem uma representação em nossa mente e o que ocorre é que guardamos isso a sete chaves evitando reviver.


Porém, quando revivemos algo que lembra esse trauma de alguma forma, temos a angústia, e quase sempre não entendemos porque estamos assim e isso torna a vida difícil e penosa.


Ao entendermos as teorias ficará mais fácil compreender afinal de contas o porque a angústia faz parte do ser humano e automaticamente compreender que com a psicanalise se pode mudar e melhorar, tendo uma vida em que o indivíduo se torna pleno.


Na primeira teoria a angústia seria resultado de um acúmulo de excitação de natureza sexual que não é descarregada.


E logo depois estudando complementa chegando na segunda teoria, de que isso pode ser pela falta de afeto que nada mais é que uma forma de acalento do libido.


"Nos casos em que há um considerável desenvolvimento da tensão sexual física, mas esta não pode ser convertida em afeto pela transformação psíquica — por causa do desenvolvimento insuficiente da sexualidade psíquica, ou por causa da tentativa de suprimi-la (defesa), ou por causa do alheamento habitual entre sexualidade física e psíquica —, a tensão sexual se transforma em angústia. Assim, nisso desempenham um papel a acumulação de tensão física e a evitação da descarga no sentido psíquico." (FREUD, 1894b, p.240)


Freud concluiu que o afeto está interligado e que nem todos que sofrem angústias sabem a origem disso.


Afirma ainda que muitas vezes essas angustias quando liberadas chegam em forma de medos de coisas primárias, como tempestade, animais, escuro, etc.


Exemplo: a criança sente ausência pessoa amada, terá então angústia pela falta do afeto que é o calento do libido e despertará angústias, nesse caso muito comum o medo do escuro.


Isso seria o que veio a chamar de neurose de angústia.


"Sonhei que era uma noite que estava deitado na cama. De repete, a janela abriu-se sozinha e fiquei aterrorizado ao ver que alguns lobos brancos estavam sentados na grande nogueira em frente a janela. Havia seis ou sete deles. Os lobos eram muito brancos e pareciam-se mais com raposas ou cães pastores, pois tinham caudas grandes, como raposas, e orelhas empinadas como cães quando prestam atenção em algo. Com grande terror, evidentemente de ser comigo pelos lobos, gritei e acordei." (FREUD 1914 - caso clínico dele no estudo de sonhos).

Já na terceira teoria, o Freud traz a ideia de que a angústia sugere o projeto de vivência da dor, que em resumo é o medo de reviver algo traumático que ocorreu na vida da pessoa.


E portanto o medo de viver algo que causa dor, que é um perigo a si.

Assim a angústia surge do rememorar um processo doloroso, que gera um afeto intenso quando se tem essa rememoração da experiencia dolorosa. Tem-se repetidas tentativas frustradas de afeto, fica claro na mente que se deve evitar e portanto, pois é tido como desprazer.


"A ansiedade é a reação original ao desamparo no trauma, sendo reproduzida depois da situação de perigo corno um sinal em busca de ajuda. O ego, que experimentou o trauma passivamente, agora o repete ativamente, em versão enfraquecida, na esperança de ser ele próprio capaz de dirigir seu curso. E certo que as crianças de comportam dessa maneira em relação a toda impressão aflitiva que recebem, reproduzindo-as em suas brincadeiras. Ao passarem da passividade para a atividade tentam dominar suas experiências psiquicamente." (FREUD, 1926/ 1980, p.192).


Assim temos claro que em ambas o que ocorre é que a angústia resultaria da incapacidade de tramitar adequadamente certo montante de estímulos, seja endógeno ou exógeno.


Na psicanálise, distintamente da psiquiatria, o tratamento da angústia visa à positivação desse afeto e não sua supressão.


E diante disto, conclui-se que no primeiro momento todos temos nossas angústias. Existem os que aceitam sua existência e buscam resolvê-las e os que omitem a isso e vivem suas vidas sem o mais importante: o olhar pra dentro de si para evolução e uma vida mais plena!


Qual você escolhe? Assuma: somos todos seres angustiantes.


"Nunca tenha certeza de nada, porque a sabedoria começa com a dúvida." FREUD


Autora: Nathalia Andrade - site www.terapiabrasil.com.br

Agende sua consulta clicando aqui: https://contate.me/terapia

 
 
 

Comentários


bottom of page